Texto Filosofia

A RACIONALIDADE DIANTE DA GLOBALIZAÇÃO

A vida moderna pulsa sobre moldes essencialmente agregadores de compromissos, responsabilidades, números, faturas e prazos. Coisas e seres cada vez mais se confundem, camuflados em hiperlinks e constante terceirização do pensar crítico. Nos remetendo a uma questão intrigante: pessoas estão tornando – se “coisificadas” ou as máquinas e suas vertentes, personificadas?
Um de nossos grandes poetas, Carlos Drummond de Andrade, citou no poema “Eu etiqueta” frases chaves para todo esse desenrolar, dentre elas: “Peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem. Meu nome novo é Coisa. Eu sou a Coisa, coisamente.” O abismo que distancia os dois extremos, na verdade é a mais intrínseca e natural capacidade humana, o pensar. Ato que imputa várias outras ramificações que possibilitam aguçamento, propriedade, conhecimento e claro, coerência.
Ao utilizar – se da palavra globalização, em qualquer âmbito gera certas divergências ideológicas, mas em especial ao nível afunilado da oposição a criatividade, ergui – se uma verdadeira ponte. Intransponível, se analisarmos o quão pequenos somos individualmente com nossas opiniões mais ainda fadadas ao anonimato, frente ao capitalismo, que rege todo esse montante de informações globalizadas com invejável destreza; e ao mesmo tempo, acessível a debates e discussões de toda e qualquer origem, tendo em vista que influências diretas e indiretas são apresentadas pela globalização a pessoas de toda e qualquer origem.
Partindo dessa perspectiva, o grande desafio é de fato, saber entender e dividir as funcionalidades e impor limites. A partir do momento que tecnologias interferirem na desenvoltura e no desenvolvimento físico mental e/ou psicomotor do Homem, algo deve ser feito em prol da valorização do indivíduo, já quando a essa relação se valer de aprendizado, deve haver a total liberação. Caminhos são traçados e conceitos erguidos. O criador sempre estará a um passo adiante em