texto crocodilos e aveztruses

Ao analisar o texto “Sobre crocodilos e avestruzes” da autora Lígia Amaral, abstrai-se a superação das deficiências físicas e preconceitos. O preconceito é definido como um conceito a priori da experiência, onde, podendo ser favorável ou não é construído na sociedade, o qual é relatado no texto a partir da experiência da própria autora.
Os estereótipos constituem na personificação do preconceito, ou seja, uma condição preponderante em relação ao mesmo, é um processo de caracterização, de julgamento do outro, onde se tornam negativos aqueles que não vão em convergência ao tipo ideal de homem, o qual na nossa sociedade se caracteriza como branco, rico, jovem, magro, etc, por fugir da “normalidade”, julgamentos que desencadeiam um campo fértil para o mesmo.
Além dos estereótipos generalizados (deficientes, gays, prostitutas) que negam a singularidade dos indivíduos, existem aqueles particularizados (vilão, herói, vítima), os quais são sofridos pela autora e relatado ao final do texto, onde, por sei cadeirante a tratavam como ineficiente, que ela não poderia participar das aulas de educação física por conta disso. É aí que entra a capacidade da sociedade de “adaptar” e se moldar para que não exclua esses indivíduos, no caso, a superação ocorre quando a professora Consuelo determina à Lígia que ela “fará o que pode e não fará o que não pode”. Ou seja, muitas vezes tratamos aqueles indivíduos que diferente da hegemonia como vítima, por exemplo, “coitado, é tão jovem e é deficiente”, ou como herói, “ele é cego, mas se superou”, ou ainda como vilão “ele é grosso assim com as pessoas porque ele é paraplégico”. Repara-se que nesses casos, a condição aparece primeiro que o sujeito, em alguns casos negando a capacidade dos mesmos ou até atenuando a situação por o considerar como vítima em relação a tudo.
Essas generalizações, na realidade, se apresentam de maneira indevida, pois, não se pode generalizar todos os indivíduos em base de outro, já que cada um é singular de sua