Testamento

A testamentada é preta, forra. Faleceu em 25 de feveireiro de 1860. De nome Maria Antônia.
Ex-escrava do Senhor Corronel João Daniel Damasco dos Reis. Também viuva, declara que seu unico descendente é seu neto, Crioulo Carlos. E que seus bens devem ser todos vendidos.
O dinheiro arrecadado deve ser usado para comprar a liberdade de seu neto, e a oitava parte desse dinheiro deve ser entregue ao escravo Caetano.
Acredito que Maria Antonia deve ter sido liberta por seu merito, e ganhado bens, do seu senhor quando o mesmo faleceu. Vende todos os seus bens para libertação de seu neto, até então escravo. E a oitava parte do dinheiro, deixa para um outro escravo, provavelmente amigo.
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Antônio José de Meirelles, falecido em outubro de 1860, cita em seu testamento o somente dois escravos, Maria Teresa e João. Á eles deixa tudo o que tem. A aquela, ex-escrava de Alexandrinha de Oliveira Carneiro, deixa uma casa, com a condição de não vende-la, uma vez morta, declara que os filhos da mesma, possam usufruir da casa como bem entenderem. A ela, ainda deixa a quantia de 100$. Á João e Teresa deixa uma ação bancaria, com a condição de jamais poder vende-la.
Acredito que Antônio deve ter comprado Maria Teresa da senhora citada no testamento. Como somente os dois escravos aparecem no documento, provavelmente só tinha a eles dois por perto. A questão de não poder vender os bens doados para escravos, ao meu julgo, pode ser para que não ocorra má gestão pela parte dos escravos e tudo se perta, como se fosse uma medida de proteção.