Terror noturno
Ocorre mais frequentemente durante a infância, sendo que aproximadamente 10-15% das crianças apresenta, no mínimo, um episódio de terror noturno por ano. Essa taxa cai para 5-10% em adolescentes e 1-5% em adultos, acometendo igualmente ambos os sexos. Alguns fatores contribuem para o aumento dos episódios, como, por exemplo, fatores estressantes e a sensação de insegurança.
A causa deste distúrbio ainda não foi elucidada. Existem hipóteses que sugerem que a imaturidade do sistema nervoso central possa ser a causa deste problema. Outras teorias sugerem que este distúrbio esteja relacionado com alterações em determinadas fases do sono.
Esta condição normalmente inicia-se durante a fase do sono não-REM e sua duração varia de 1 a 20 minutos. Embora o indivíduo possa abrir os olhos durante este fenômeno, normalmente o mesmo é incapaz de recordar de qualquer coisa após o ocorrido.
Os episódios de terror noturno vêm acompanhados de movimentos corporais, exacerbada agitação, gritos, gemidos, confusão e, em certos casos, fuga da cama ou do quarto. Consequentemente pode ocorrer fraturas ou lesões, caso não sejam tomadas precauções.
O terror noturno pode estar presente concomitantemente com o sonambulismo, que, sendo assim, todas as manifestações apresentadas pelo primeiro vêm acompanhadas do ato de correr ou andar.
Durante um episódio de terror noturno, há uma hiperativação do sistema nervoso autônomo simpático, como midríase (dilatação das pupilas), sudorese, elevação da taxa respiratória e cardíaca e hipertensão.
O diagnóstico é feito com base em alguns critérios. São eles:
Copiosos episódios de despertar repentino do sono, habitualmente durante o primeiro terço do sono, emitindo um grito de pânico; Medo exacerbado e sinais de excitação; Atitude