Teoria

Escola EDGAR GRAEFF CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROJETO VI Os Indicadores Sociais e o de conhecimento da realidade Conceitos básicos Embora se possam indicar contribuições importantes à compreensão dos diferentes aspectos da vida social ao longo do tempo, a construção de um marco conceitual sobre Indicadores Sociais somente aconteceu a partir dos anos 60, quando se evidencia a necessidade da organização de sistemas mais abrangentes de informações capazes de propiciar um melhor acompanhamento das transformações sociais. Outro fator que contribui para a conscientização da necessidade da elaboração de indicadores sociais mais “finos” é a compreensão de que não se podem avaliar as várias dimensões do desenvolvimento de uma sociedade e muito menos sua mensuração, se nos restringirmos a observar os fenômenos econômicos. A partir deste ponto de vista, vários organismos internacionais desenvolveram um importante esforço teórico que resultou na edição do Social Indicators, inaugurando um movimento de vários países rumo à estruturação de sistemas de produção e disseminação de estatísticas públicas. Estas passam a incorporar novas dimensões investigativas e a produzir relatórios sociais de forma sistemática. Inicia-se um novo período onde o conhecimento da realidade, nas suas diferentes dimensões, começa a ser entendido como elemento fundamental para formulação de políticas públicas. Nos anos 1970, a descrença na técnica como panacéia para curar os males da humanidade desacreditou muito as estatísticas e indicadores sociais, mas logo se entendeu que o erro estava no tecnocratismo e não nos instrumentos existentes. Em meados dos anos 1980, com o desenvolvimento de diversos métodos de formulação e implementação de políticas públicas, a importância do correto manejo de estatísticas e indicadores foi restabelecida e vários atores sociais – sindicatos, centros de pesquisas, universidades – passam a desenvolver um grande esforço de aprimoramento conceitual e metodológico;