Teoria Estruturalista da Administração
Sátiras à Organização.
Os estruturalistas abordam a organização sob um ponto de vista eminentemente crítico. Seu sucesso literário tende a popularizar uma visão crítica, ácida e negativa do funcionamento das organizações. Na realidade, tais a crítica acerba e contundente à organização, aspecto que notamos em quase todos os autores estruturalistas.
Northcote Parkinson faz uma análise irreverente e implacável da administração burocrática, o trabalho aumenta a fim de preencher o tempo disponível para sua execução. Essa lei demonstra que um trabalho sempre se prolonga de maneira a tomar todo o tempo que para ele se tem disponível.
O Princípio de Peter, conhecido como principio da incompetência, é estabelecido em uma hierarquia, onde todo empregado tende a subir até chegar ao seu nível de incompetência. Para ele, todo cargo tende a ser ocupado por um funcionário que é incompetente para cumprir seus deveres. Assim, o trabalho é feito pelos demais funcionários que ainda não atingiram seu nível de incompetência. Na dramaturgia administrativa, Thompson defende a tese de que nas organizações existe um forte desequilíbrio entre o direito de decidir e o poder de realizar. Assim, administradores, executivos e burocratas desenvolvem mecanismos de defesa para reforçar sua posição de autoridade à custa da racionalidade da organização.
Antony Jay ressalta que a nova ciência da administração é, na verdade, mais do que uma continuação da velha arte de governar, baseando-se no maquiavelismo. A característica principal da obra política de Maquiavel é o seu relativismo moral, para este, a moral é contingente e circunstancial, por isso, a palavra maquiavelismo passou a ser usada, tanto na esfera pública como na particular, para designar ações sagazes e hipócritas, nas quais os fins são mais importantes do que os meios.
Com o estruturalismo, nota-se uma convergência de várias abordagens, a Teoria Clássica, a Teoria das Relações Humanas e a Teoria