Teoria da Regulação e Território: Uma Revisão Histórica
BENKO, Georges
Economia, espaço e globalização na Aurora do Século XXI. 3ª. Edição. SP: Hucitec, 2002. (Capitulo 4) Durante as décadas de 1970 e 1980, desenvolveu- se na França uma nova problemática econômica, “a abordagem da regulamentação”, que se disseminaram para economistas franceses, rumo às disciplinas como geografia e as relações industriais e a outros países como os anglos saxões. Essa corrente em contexto histórico procura apresentar os efeitos dessa abordagem sobre as ciências que ocupam do espaço: geografia, economia urbana, regional e internacional. Devido ao forte e regular crescimento dos anos 1960, a reflexão econômica voltou-se essencialmente para a modelização, zelosa em ajudar os governos preocupados em evitar superaquecimento das economias graças à manutenção duradoura do pleno emprego. As teorias da regulamentação têm origem no confronto e na transformação de uma serie de ferramentas e abordagens diferentes.
No conjunto, o pensamento regulacionista propõe hoje uma paleta suficientemente nova e ampla para que a possamos reduzir ao neomarxismo. Entretanto duas criticas aos neoclássicos e aos marxistas ortodoxos deram os primeiros impulsos aos regulacionistas. O modo de regulação e o regime de acumulação, inicialmente estudados por essa abordagem, constituem o modelo de desenvolvimento capitalista dominante após a Segunda Guerra Mundial, o “fordismo”. As primeiras obras da escola regulacionista traduzidas em inglês eram consagradas ao estudo do fordismo, razão pela qual se difundiu a impressão de que “a teoria regulacionista é a teoria do fordismo”. Neste capitulo o autor faz uma síntese do contexto socioeconômico que conduziu à crise que se seguiu ao período de acumulação fordista para outro pós- fordista e flexível. O estudo do sistema produtivo atual, com especial ênfase no processo de reestruturação industrial e na expansão das atividades de alta tecnologia que estão na