tensão desnecessária

Tensão desnecessária significa gasto de energia. Mais do que isto, se não usamos energia suficiente, falhamos em atingir o nosso público; se a usamos demais, seja na forma de ar excessivo, ou explodindo nas consoantes, ou falando alto demais, e assim por diante, causamos dispersão. O público tende a se recuar porque estamos exagerando na energia e não achando-a em nós mesmos, empurrando para fora a emoção e sublinhando o que sentimos. O que devemos fazer é encontrar o correto balanço físico da voz. É perseverando no trabalho vocal por um período que conseguimos a consciência essencial da separação dos músculos e suas contribuições. Isso ocorre quando a voz encontra sua própria qualidade intrínseca, sem envolver esforço.
Em resumo, encontrando a energia nos músculos não precisaremos empurrá-la. Não precisamos empurrar a emoção; ela é liberada através da voz. Quando conseguimos amarrar tal habilidade com nossas intenções enquanto atores, temos uma unidade única da energia física e emocional.
Apesar de alcançar a melhor voz seja questão de fazer exercícios, ainda temos que solucionar os problemas e necessidades da comunicação em si, uma vez que não podemos divorciar voz da comunicação. A comunicação com o público é complexa e sua validade muda de acordo com os diferentes materiais que usamos. O objetivo é sempre clareza, mas podemos “embaçar” tal claridade permitindo a participação dos sentimentos em demasia, ou explicando em demasia, ou apresentando o que achamos que deveria ser apresentado, ou apresentando o que achamos interessante, ou selecionando “parte de nós” que julgamos mais aceitável. Tudo isso se relaciona com a compensação do que falta: tamanho, por exemplo. Um ator que puxa sua voz para baixo no esforço de ganhar peso estará apenas diminuindo e limitando-a. Tem que confiar no “seu tamanho”.
Um dos grandes medos do ator é de não ser interessante. Mas, quando se chega ao ponto de dizer “Este sou eu; mudará. Talvez melhore; mas este sou