Tempo e linguagem nas lutas do campo

431 palavras 2 páginas
Tempo e Linguagem nas Lutas do Campo

José de Souza Martins, em seu texto Tempo e linguagem nas lutas de campo, diz que o índio nos dias de hoje já é considerado como agente político e não apenas o camponês das festividades populares, o camponês que simboliza e pratica o atraso. Assim sendo, estamos diante de sujeitos históricos que nos obrigam a repensar esquemas.

Para Martins, “Não dá para transplantar de um lugar a outro o conhecimento sociológico, sem um crivo para distinguir a sua particularidade da sua possível universalidade. Para ele, a sociologia é m conhecimento situado... A sociologia vem procurando se transformar em senso comum, em substituta do bom senso do homem comum, como também aconteceu com a psicologia.” 29-30

Outro ponto interessante que ele destaca sobre a sociologia é que “Se a sociologia tem como uma de suas pretensões, a de transformar-se em senso comum, é necessário que também tenha a humildade de reconhecer que essa modalidade de conhecimento tem raízes sociais determinadas, antes de tudo, ela constitui o modo de pensar de uma época e de um lugar. (...) Convém ter presente que índios e camponeses não foram apresentados à sociedade pelos sociólogos. Foram eles que se apresentaram como sujeitos e agentes de conhecimento e de História, falando através de suas lutas e confrontos com a “nossa” sociedade, matriz da “nossa” sociologia”. 30

Segundo o autor, quando se quer estudar movimentos sociais, é preciso ter em conta a singularidade do grupo local, do duplo código de expressão que marca a existência das populações camponesas e indígenas no Brasil. O sociólogo não vai ouvir deles senão aquilo que eles decidiram que devem dizer-lhe. Ou seja, no campo, o pesquisador pode deparar com a linguagem do silêncio e, ao conviver com essa população, descobre a significação de tal silêncio, que é uma forma de linguagem e um meio de luta.

Martins também cita casos dos índios

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