Tempo disciplina de Trabalho e capitalismo Industrial
Referência Bibliográfica: THOMPSON, E. P. Costumes em comum. Estudos sobre a cultura popular tradicional. S.P.: Cia das Letras, 1998, p.267-304
Resumo
No século XIV, houve uma mudança causada pela difusão do relógio, essa mudança foi o sintoma de uma nova disciplina puritana e exatidão burguesa. Independente do modo de considerarmos, ela certamente existe. “O relógio sobe no palco elisabetano transformando o ultimo solilóquio de Fausto num dialogo com o tempo”. Isso quer dizer que a partir desse momento passa a se discutir sobre o tempo no dia-a-dia nas sociedades.
O tempo sideral, presente desde o inicio da literatura, com um único passo abandonou o céu para entrar nos lares. Os elisabetanos consideravam o tempo como um devorador, desfigurador, tirano sangrento e ceifeiro. Já no século XVII, o relógio se expande, e com Newlon toma conta do universo. Para os puritanos, o tempo estava relacionado com os processos familiares nos trabalhos das tarefas domésticas. Segundo Evans-Pritchard, o tempo dos nuer “o relógio diário é o do gado; a rotina das tarefas pastoris e para um nuer as horas do dia e a passagem do tempo são basicamente a sucessão das tarefas”.Já segundo Pierre Bourdieu as atitudes dos camponeses cabrilas ( na Argélia) com relação ao tempo era de submissão e indiferença. A pressa é vista como falta de compostura e combinada com ambição diabólica. O relógio é às vezes conhecido como “a oficina do diabo”; não tinham hora marcada para as refeições nem para compromissos.
A orientação do tempo pelas tarefas foi a mais eficaz nas sociedades camponesas, doméstica e vilarejos, mais não perdeu sua importância nas regiões rurais da Grã-Bretanha de hoje e pode ser vista em três questões. Primeiro, a orientação pelas tarefas é mais humana do queo trabalho de horário marcado, onde se cuida primeiro do que é necessidade. Segundo, é comum parecer haver pouca separação entre o