Temperabilidade

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Enquanto o carbono tem um forte efeito sobre a dureza da martensita, a maior parte dos elementos de liga adicionados ao aço retarda as transformações de decomposição difusional da austenita, aumentando sua temperabilidade. Assim a velocidade crítica para a formação da martensita é menor nos aços que contem maior teor de elementos de liga como mostram as diagramas TTT e o esquema a sequir:

Figuras pag 283
Diagramas TTT dos três aços com aproximadamente (a) C = 0,4% e Mn = 1%. Adicionalmente (b) Cr = 1% , Mo = 0,2% e (c) Cr = 0,8%, Mo 0,3% e 1,8%Ni. De uma forma geral a adição de elementos de liga desloca as curvas de formação de ferrita e da bainita para tempos mais longos e reduz a temperatura. 284 a primeira
Representação esquemática do efeito dos vários solutos no aço sobre as posições das principais transformações de fase em um diagrama TTT. Embora este esquema apresente tendências comumente observadas, a complexidade dos mecanismos de transformação envolvidos recomenda cautela no uso das generalizações dos efeitos dos elementos de liga.

Vale lembrar que há uma exceção, o cobalto, ele reduz a temperabilidade
Quando uma peça é submetida a uma têmpera, dois fatores influenciam a velocidade com a qual a diferentes posições da peça resfriam:
A) A velocidade com a qual o calor é extraído, na superfície da peça, que é função do meio de têmpera selecionado.
B) A transmissão de calor, por condução, dentro da peça.
Esta combinação de fatores faz com que diferentes posições em uma peça resfriem a diferentes velocidades, como apresenta a figura abaixo:

Figura 10.40
Curvas de resfriamento da superfície e do centro de uma barra de aço de 28mm de diâmetro resfriada em água

Quando as curvas de resfriamento são superposta aos diagramas CCT dos aços, é possível determinar as microestruturas obtidas, na têmpera, como indicado na figura abaixo:

Figura 10.41
Diferentes condições de resfriamento aplicadas a uma barra de um determinado aço resultam em diferentes