tecnologia 4K

Marcos Mandarano, Product Manager, Media & Broadcast da BT Global Services

Saiba como as redes de telecomunicação devem se preparar para suportar as transmissões para TV de altíssima definição, em 4 e 8k.

A Copa do Mundo 2014 não terminou bem para os torcedores brasileiros. Mas, para quem gosta de tecnologia, tivemos boas novidades, como a de linha de gol, usada pela primeira vez durante um Mundial. Mas chega de falar de passado e vamos falar de futuro. Esqueça o 7 e vamos falar de 4 e de 8k.

Durante a Copa do Mundo 2014 foram realizados novos testes de transmissão com tecnologia 4k e também com tecnologia 8k. Para se ter uma ideia, hoje a maioria das TVs suporta transmissão em Full HD (High Definition), com 1920 x 1080 pixels. Já a 4k tem resolução de 3840 x 2160 pixels e a 8k, uma resolução de 7680 x 4320 pixels. No Brasil, a tecnologia HD está ainda em fase de maturação, com maior oferta de televisores (consequentemente com preços mais baixos), e canais abertos e pagos.

Alguns jogos foram transmitidos em 4k e em 8k, em caráter experimental. Os testes serviram, principalmente, para avaliar a infraestrutura de telecomunicações necessária para essas transmissões. Para a mudança rumo ao 4k e 8k, temos que pensar em três grandes pontas de investimentos: infraestrutura de rede para transmissão, equipamentos (câmeras, televisores, setup boxs) e conteúdo.

Na parte de infraestrutura de transmissão, a mudança é drástica. A transmissão em HD demanda 22Mbps de banda. Já a 4k demanda 100 Mbps e a 8k, 300 Mbps. Só o áudio em 8k ocupa 20Mpbs de banda, com 22.2 canais – home theaters e cinemas costumam ter 5.1 canais. Então, só o áudio já ocupa o espaço de banda de um canal de TV. Precisamos ainda ter tecnologias de compressão mais eficientes. Já temos a H264 e estamos caminhando para a H265, que pode ser a solução para a 8k.

Em relação aos equipamentos, grandes indústrias já estão investindo em câmeras, decodificadores e outros aparelhos. E a produção de