Tcc psicopedagogia
Para manifestar suas emoções, e expandí-las exteriormente, o homem primitivo recorreu naturalmente ao movimento, ao gesto, pois antes de utilizar a palavra, o “homo-sapiens” já se servia de movimento corporal, do gesto primitivo, pressionado pelo ritmo natural de suas emoções. Na vida deste homem primitivo, o movimento, através da dança como instrumento de expressão corporal, presidia todos os conhecimentos – nascimentos, casamento, morte, caças, guerras, iniciações dos adolescentes, doenças, cerimoniais tribais, vitórias, paz, primavera, sementeiras, colheita, festa do sol, da lua, da fertilidade- visando sempre o mesmo fim: a vida, a saúde, a fertilidade, a plenitude da força e a felicidade. Este sentido do movimento, da expressão pelo corpo, presente nos acontecimentos individuais e coletivos do homem, pré-histórico ou histórico, que viveram ou vivem em constante comunhão mística como a Natureza, pouco a pouco se esvaziou no tempo e no espaço. O movimento, como toda atividade humana, sofreu o destino das formas e das instituições da existências social do homem. Ao longo da minha prática como Professora de Dança, em seguida como Professora de Educação Infantil Pré-Escolar e, por fim, aplicando Teatro escolar no Ensino Fundamental, pude perceber que as atividades de Expressão Corporal, ou seja, os jogos dramáticos, musicais ou plásticos, dão ao aluno um meio de exteriorizar, pelo movimento e pela voz, seus sentimentos mais profundos, suas observações pessoais e sua compreensão de si, do outro e do mundo que o cerca. Observei também que a capacidade de expressão- relacionamento, espontaneidade, imaginação, observação e percepção- são inatas no ser humano, mas necessitam ser estimuladas e desenvolvidas através de atividades específicas, paralela às atividades do currículo escolar ou promovendo uma interdisciplinaridade. Segundo Klauss Vianana, (1990),
“a vida é a síntese do corpo e o corpo