SÍMBOLOS RELIGIOSOS: ELOS COM A TRANSCENDÊNCIA

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SÍMBOLOS RELIGIOSOS: ELOS COM A TRANSCENDÊNCIA
Francisco Catão* A modernidade racionalista, ao desconhecer a objetividade do símbolo, reduziu a religião à pura subjetividade.
Faz-se hoje necessário resgatar a significação objetiva do símbolo. O que só é possível se aprofundando em uma determinada tradição religiosa. Do ponto de vista antropológico, no ocaso da modernidade, o ser humano, embora chamado a viver à luz da razão, passou a se deixar conduzir muito mais por suas percepções interiores e pela afetividade do que pelo raciocínio frio e objetivo. Surgiu assim a era da subjetividade, cuja descoberta revolucionou a Antropologia e modificou a idéia que se fazia da realidade. O símbolo e seu resgate. Essa espécie de descoberta pôs em questão o valor universal das razões de viver e abriu espaço para a linguagem do símbolo, em que o sujeito se exprime a seu modo. Criou-se, do ponto de vista da cultura dominante, nova oportunidade para uma mais aprofundada compreensão das religiões. Ao mesmo tempo, porém, esvaziava-se o símbolo de qualquer fundamento real. O termo símbolo, que etimologicamente significa “lançado junto”, designa a parte visível de um todo não manifesto, inseparável da totalidade do real. Na religião, o símbolo visível estava, para os antigos, ligado objetivamente à sua outra parte, invisível. Nesse sentido objetivo, o símbolo é um conceito indispensável na leitura dos textos antigos, como mostra uma série de obras filosóficas e religiosas, a começar pela própria
Bíblia.

Com as peripécias da modernidade, que só acreditava na razão e nos conceitos, o símbolo perdeu a objetividade e nos fez reféns do desconhecimento da realidade simbolizada.
Perdemos contato com o invisível. Não é estranho que o Iluminismo, negando o valor objetivo do conhecimento simbólico, tenha levado ao ateísmo. O clima cultural racionalista deixou marcas profundas na educação. Guiada pela ideologia iluminista, a

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