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Banco da Inglaterra passa a mirar também o desemprego
Instituição afirma que não pretende elevar juro até que taxa de desocupação tenha chegado a 7%
O Banco da Inglaterra, o banco central do país, anunciou uma mudança de política nesta quarta-feira, dizendo explicitamente que agora está olhando para o desemprego assim como a inflação. O novo presidente do banco, Mark Carney, apresentou uma orientação clara sobre quando será possível esperar um aumento das taxas de juros britânicos, atualmente em seu nível recorde. O canadense Carney, em sua primeira coletiva de imprensa desde que se tornou presidente da instituição no mês passado, também observou que "uma nova recuperação está em curso" para a economia britânica.
Em um comunicado, o Banco da Inglaterra disse que "pretende não aumentar a taxa do banco de seu nível atual de 0,5%, pelo menos até que o desemprego tenha chegado a um limite de 7%" — fornecendo orientação futura ao mercado, como faz o Federal Reserve (banco central dos EUA, Fed). As projeções do Banco da Inglaterra indicam que essa queda, em relação à atual taxa de desemprego de 7,8% não deve acontecer antes de três anos. Contudo, as taxas de juros podem aumentar mais cedo se a inflação permanecer alta, acrescentou.
O governo britânico, por muitos anos, deu à instituição a tarefa de usar sua taxa de juros para tentar manter a inflação anual do país próxima de 2%, mas Carney se focou, nesta quarta-feira, no desemprego.
— O desemprego ainda está alto. Há um milhão de pessoas desempregadas a mais hoje do que antes da crise financeira (de 2008) — disse o ex-presidente do banco central do Canadá.
O Banco da Inglaterra acrescentou que seu comitê de política monetária fornecerá mais estímulos, injetando dinheiro, enquanto a taxa de desemprego continuar acima de 7%, mesmo com a recente recuperação do crescimento britânico. O banco descreveu sua promessa sobre as taxas de juros e o estímulo como "uma orientação explícita sobre a futura conduta da política