Sup Size

Super Size Me, documentário americano lançado em 2004, começa com a imagem de um grupo de crianças cantando alegremente a música que você acabou de ler. Entre risinhos e coreografias, as crianças se divertem sem imaginar a real intenção por trás da brincadeira. Segundo Morgan Spurlock, cineasta independente que dirigiu e protagonizou o filme, elas são o principal alvo das grandes redes de Fast Food, sendo estimuladas desde cedo a optar por um cardápio que qualquer nutricionista condenaria com veemência.

A população norte-americana realmente consome alimentos mais do que precisa, ingerindo quase o dobro de calorias indicado pela OMS. Grande parte dos americanos come fora todos os dias e, como por lá a vida atribulada exige lanches rápidos, os Fast Foods se tornaram extremamente populares pela praticidade e pelo sabor atraente de seus hambúrgueres e batatas fritas.

Por esse motivo, os americanos acabaram se tornando o povo com maior índice de obesidade no mundo. São mais de 100 milhões de pessoas acima do peso, o que representa mais de 60% da população. Uma verdadeira epidemia que vem comprometendo seriamente a saúde e a qualidade de vida. Estima-se que anualmente ocorram cerca de 300.000 mortes por doenças associadas ao sobrepeso como problemas cardíacos e diabetes.

No documentário – que aqui ganhou o subtítulo de “A Dieta do Palhaço” em referência ao palhaço Ronald McDonald –, uma série de processos judiciais abertos contra as redes de Fast Food nos EUA é a deixa para que Spurlock inicie uma experiência aparentemente divertida, porém arriscada: passar 30 dias se alimentando apenas com os lanches do McDonald’s. Assumindo a responsabilidade, Spurlock se colocou como cobaia para tentar entender e justificar o motivo por trás dos processos, que culpavam a lanchonete por vender comida que engorda e faz mal à saúde.

Para acompanhar adequadamente as mudanças que essa McDieta provocaria em seu corpo e em sua saúde, Spurlock contou com a supervisão de três médicos: um