sundjata e a questão da oralidade nas sociedades africanas

1248 palavras 5 páginas
Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de História – História da África
Prof: Vanicléia Santos
Aluna: Luiza Mattiuzzi
Sundjata e a questão da oralidade nas sociedades africanas
A obra aqui debatida, é a Sundjata ou a Epopeia Mandiga, transcrita por Djibril Tamsir Niane. Pela própria fonte um usada para a escrita do livro, a oralidade, esta tem um papel central na discussão colocada por esse trabalho e se o historiador na qualidade de pesquisador de fontes pode se apropriar do oral para os seus trabalhos acadêmicos. No livro temos com destaque a figura do griot como representante dessa oralidade nas sociedades tradicionais africanas. Primeiramente abordaremos a importância dos griots para a preservação dos mitos e da oralidade na cultura dos povos africanos. Dentro desse contexto analisaremos a epopeia de Sundjata cujo qual acha-se grandemente inserido dentro da cultura oral de sociedades africanas.
Segundo o historiador Hampaté Bâ, para se conhecer a História da África, o pesquisador deve recorrer a oralidade. Para ele nenhuma tentativa de entender ‘o espírito dos povos africanos’ terá sucesso se não perpassar pelo estudo das tradições orais dos povos. Essa tradição é repassada de geração de geração, transmitidos de maneira oral no decorrer dos meses, anos, séculos. Hampaté Bâ, afirma que essa herança não se perdeu, vive nas memorias dos ‘grandes depositários’ , aqueles que mantém em suas mentes a história milenar de todo um povo. Descendentes de uma tradição oral, a palavra é mais do que um meio de comunicação, como é para as sociedades de tradição escrita, é um modo de preservar todo um conhecimento, nas sociedades orais podemos dizer que a palavra é dotada de um caráter sagrado. Em A tradição viva, Hampaté Bâ discorre sobre a procedência da escrita sobre a oralidade e como “o livro constitui o principal veiculo de herança cultural. Durante muito tempo julgou-se que povos sem escrita eram povos sem

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