Somos Postos No Mundo Como Seres Livres

Somos postos no mundo como seres livres. No entanto, vivemos sob a imposição das regras, normas e valores morais. E, desobedece-los seria distanciar-se dos paradigmas da normalidade.
Freud, numa de suas obras mais importantes: A interpretação dos sonhos, declara que o desejo é o âmago de nosso ser, porém, muitas vezes recalcado por apresentar instintos primitivos que , dada a conjuntura, exigiriam maior responsabilidade pelas consequências da concretização de tal fantasia.
O Carnaval, festa profana que celebra os prazeres da carne, no Brasil, representa um momento de igualdade entre os indivíduos, pois é onde põem em prática desejos até então reprimidos. Inclinam-se a esta ação em massa, pois, como afirma Le Bon, o indivíduo adquire o sentimento de poder invencível que lhe permite entregar-se a instintos que sozinho, necessariamente teria refreado. Tem menos motivo ainda para se refrear devido ao caráter anônimo e irresponsável de uma massa. Desaparece inteiramente o sentimento de responsabilidade que sempre detém os indivíduos.
Freud concordaria com Le Bon por acreditar na existência de três sistemas de personalidade : Id, ego e superego. Onde o id que é regido pelo princípio do prazer, realizaria suas fantasias mais primitivas sem preocupar-se com a reponsabilidade destas, mas o ego que é regido pelo princípio da realidade, estabelece o equilíbrio entre as exigências do id ,da realidade e as “ordens” do superego que origina-se através das proibições, dos limites e das autoridades. Além de estabelecer os valores morais e ideológicos de um indivíduo.
Por estarmos condicionados a viver sob as vontades dos nossos pais e obedecer a um padrão de uma sociedade considerada normal, anulamos nossos desejos. Por isso, na multidão, deixamo-nos contagiar por ela, sacrificando nossos valores morais, ideológicos e éticos, afim de sentirmo-nos livres e liberar os nossos instintos mais primitivos exaltando o nosso “EU”.
No entanto, esta “liberdade” possui prazo de duração, o