Sociologia
No capítulo lido, o autor explica como ocorreu o processo de surgimento da “física social”. Em meados do século XVIII, quando a burguesia estava no auge devido à Revolução Industrial e pairavam sobre a Europa os ideais Iluministas da Revolução Francesa, as pessoas começaram a perceber as mudanças que estavam ocorrendo na sociedade e tentavam entendê-las. Com a consolidação do capitalismo, até as relações de trabalho sofreram essas modificações. Os camponeses, que no sistema feudal eram servos, passaram a ser os operários. Enquanto isso, os burgueses lucravam com a instauração da maquinofatura.
O início dessas mudanças foi possível também devido à queda do Antigo Regime, que fez as pessoas perceber o quanto estavam sendo manipuladas pelo clero. Por isso, a própria mudança exigia que o homem pensasse de outra maneira.
Paralelo ao aumento do número de máquinas e ao crescimento das cidades, vieram os problemas sociais. Como o crescimento da zona urbana se dava de forma desordenada, sem estrutura de moradias nem serviços sanitários, só aumentava o número de pessoas vivendo em situação de miséria, transmitindo epidemias para os outros habitantes, etc. Essas condições de vida deixavam a classe proletariada indignada, pois esta sofria constantemente esse tipo de injustiça.
Foi nessa época também que surgiu o pensamento socialista, do qual muitos operários tiravam ideias para se rebelar contra os patrões. Todos esses fatos foram de muita importância para a sociologia, como mostra Martins.
O autor reforça a ideia de que as pessoas que passaram a analisar a nova sociedade foram os trabalhadores comuns que estavam vivendo essas transformações e desejavam introduzir modificações na sociedade. O propósito dos indivíduos, que participavam frequentemente de debates ideológicos, era extrair do conhecimento “orientações para a ação, tanto para manter, como para reformar ou modificar radicalmente a sociedade de seu tempo.”
Esse progresso das formas de pensar