Sociologia questoes

Dentro de um panorama nada otimista para Portugal, entrelaçado em acordos que nada ajudavam a atravessar a passagem do período mercantil para o industrial é nomeado para o cargo de primeiro ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal ,primeiro ministro de Portugal de 1750-1777. Controverso consoliou-se o mito: iluminista e absolutista , reformador e autoritário, voluntarista, despótico e tirano esclarecido. A reforma pombalina se deu em âmbito econômico, administrativo e educacional, tanto em Portugal como nas suas colônias. A questão proposta nesse trabalho é a educacional, mas vale lembrar que nesse período a educação que estava “á serviço de Deus” passa a ser vista como “a serviço do homem” com a laicização da educação separando-a da igreja. O objetivo de livrar os nativos da tutela jesuítica era a de miscigenação assegurando o crescimento populacional permitindo maior controle no interior do território, principalmente nas fronteiras. Era mais fácil europeizar a população local que investir em uma nova onda de emigração. Para o Marquês o afastamento dos jesuítas asseguraria o futuro da América Portuguesa ingressando o nativo na mão de obra consensual.
A REFORMA EDUCACIONAL POMBALINA
A reforma pombalina lógica, prática e centrada nas relações econômicas anglo-portuguesa culminou com a expulsão dos jesuítas tirando-os do comando da educação e passando para as mãos do Estado deixando uma grande lacuna pois era o ensino jesuítico único sistema de ensino existente.
“A organicidade da educação jesuítica foi consagrada quando Pombal os expulsou levando o ensino brasileiro ao caos, através de suas famosas ‘aulas régias’, a despeito da existência de escolas fundadas por outras ordens religiosas, como os Beneditinos, os franciscanos e os Carmelitas”. (Niskier, 2001, p. 34)

A reforma pombalina no Brasil não foi implementada no mesmo momento e forma que em Portugal. Foram quase trinta anos de atraso para que o Estado português assumisse o controle