Sociolinguística

Sociolinguística

Origens
Uma das principais razões do surgimento dos estudos da sociolinguística se encontraba na insatisfação gerada pelas interpretações e explicações respeito às novas problemáticas planteadas que ofereciam as correntes estruturalista e gerativista. Anteriormente, os linguísticas se ocupavam da homogeneidade da língua e das competências do usuário, o que chamamos de microlinguística, e se deixaba de lado a fala heterogênea com sua variabilidade e a atuação do falante, macrolinguística. Isto não podia explicar como a estrutura social tinha uma relação causal com as variações da linguagem, e o câmbio foi determinante, já que se passou da fala homogênea à fala heterogênea.
A sociolinguística surge como corrente na década dos anos 60 nos Estados Unidos. Com a colaboração de científicos sociais e à convicção de que as comunidades linguísticas são inerentemente heterogêneas, houve alguns linguistas que retomaram o interesse pela macrolinguística, e começaram estudar as complexidades do uso da língua na sociedade. Junto com estes câmbios, a dialetologia também começou a sofrer modificações. Seus princípios teóricos foram reformulados e os métodos e técnicas de estudo foram atualizados. En suas descrições linguísticas que, até então, só se baseavam na variação geográfica das formas da língua, os dialetólogos comezaram a incorporar a dimensão social. A aplicação de estas novas metodologias enfocadas na sociologia deram grandes respostas e foi um importante impulso para o desenvolvimento da sociolinguística como campo de estudo.
No ano 1966, se realizou Simpósio “Direções para a Linguística Histórica” na cidade Texas com o fim de voltar ao estudo da linguística histórica, que tinham deixado de lado pela linguística sincrônica desde os inícios da década do 30. Com os trabalhos apresentados no Simpósio foi publicado um livro em 1968. O texto mais destacado foi o de Weinreich, Labov e Herzog, sobre mudanças linguísticas em situações observáveis em