Slides Curt Nimuendaju

1347 palavras 6 páginas
Ciências Sociais
2014/2º Semestre
Antropologia no Brasil
Prof. Dr. Antônio Hilário Aguilera
Urquiza

Nascido em 17 de abril de 1883, na cidade alemã de Jena, cedo se tornou órfão.
Sua vinda para o Brasil, ao que consta, teria tido como motivo o essencialmente romântico desejo de viver entre índios. O alemão valorizava as pessoas simples, o folclore e as lendas antigas.
Chamava-se originariamente Curt Unkel (ou
Unckel), trocado em 1906, por sugestão da tribo dos
Guarani-Ñandeva, para Curt Nimuendajú, o qual significa fazer moradia.

Curt Nimuendajú fez-se legalmente brasileiro ao se naturalizar em 1922.
Sempre transitou entre as três identidades, a alemã
(Unkel/Unckel), a nacional brasileira (“Curt” do alemão abrasileirado) e a indígena (Nimuendajú ).
Possuía um problema adicional por ter nascido na
Alemanha, país com que o Brasil esteve em guerra por duas vezes, no período em que aqui viveu.
Faulhaber (2005, 115-117) cita as cartas de
Nimuendajú, em que se queixa da exacerbada atitude do governo e da população contra os alemães, mesmo os naturalizados, durante a Segunda Guerra Mundial.

Chegando ao Brasil em 1903, não se sabe exatamente o que Nimuendajú andou fazendo até 1905.
Em todos os anos seguintes, de 1905 até 1943, esteve entre índios, por períodos mais ou menos extensos.
Interrompeu essa rotina durante os anos de 1943 e 1944, quando se dedicou a elaborar seus famosos
Mapas. Retornando às terras dos Tikuna, faleceu em
1945.
Como demonstra Roque Laraia, em seu artigo de
1988, a razão de sua morte foi o seu precário estado de saúde. O longo tempo no trabalho de campo propiciou um conhecimento único da cultura e sociedade indígenas adquirido de duas maneiras:
- por meio do conhecimento da língua, e;
- por induzir a um profundo respeito aos índios como seres humanos, fazendo com que os antropólogos sintam-se membros de sua sociedade e dedicados aprendizes de sua cultura.
Nimuendajú não tinha formação

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