Situação de classe segundo Karl Marx e Max Weber

Nas Ciências Sociais e no próprio Marxismo - conjunto de ideias filosóficas, económicas, políticas e sociais elaboradas primariamente por Karl Marx e Friedrich Engels e desenvolvidas, mais tarde, por outros seguidores -, esta não é uma problemática evidente. Para compreender as noções de situação de classe presentes nas obras de Karl Marx e Max Weber, é necessário confrontá-las.
A partir destas perspetivas teóricas, irei demonstrar as diferentes interpretações das noções de situação de classe recorrendo, por vezes, a registos de citações significativas dos autores em causa. Em jeito de conclusão, irei apresentar alguns pontos semelhantes e outros bastante distintos sobre as teorias dos autores. Farei ainda uma análise das perspetivas teóricas com a situação existente na sociedade contemporânea.
De acordo com a História e os preceitos de Karl Marx e Friedrich Engels, a origem da humanidade reside na luta de classes. Tal luta opõe os burgueses ao proletariado. Quando surgiu a ideia de propriedade privada e dos meios de produção, a sociedade começou a ser desmembrada em classes.
As classes sociais ou situações de classe, para Marx, surgem a partir da divisão social do trabalho. Em razão dela, a sociedade divide-se em dois grandes grupos, isto é, detentores e não detentores dos meios de produção. Por outras palavras, Marx separava as classes pelo seguinte aspeto: a relação dos donos do capital com os vendedores da força de trabalho, isto é, o patrão e o proletariado.
Nas sociedades, as demais classes, independentemente da situação económica, partilham do mesmo objetivo: o lucro. Esta ideia é a raiz do capitalismo, a oferta e a procura, que geram a concorrência e promovem a liberdade económica, mas que no final, tudo se resume na aquisição de dinheiro para satisfação de prazeres relacionados, essencialmente, com o consumo de diversos bens materiais, lazer e etc. As grandes revoluções dos trabalhadores - Revolução Industrial e a Revolução Francesa -, também