Simbologia Médica
Os símbolos têm funcionado como linguagem universal, a qual se estabeleceu muito antes dos de todos os códigos próprios de cada idioma, funcionam como um instrumento, isto é, como chave secreta, para desvendar conceitos antigos do pensamento humano. Um símbolo nos remete a pensar em alguma coisa por ele implicada.
Entre outras acepções, para o lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda, o vocábulo símbolo, derivado do grego symbolon significa: “aquilo que, por um princípio de analogia, representa ou substitui determinada coisa; aquilo que tem valor evocativo, mágico ou místico, ou ideia consciente que representa e encerra a significação de outra inconsciente”.
São inúmeros os estudos, antigos e recentes, sobre a importância dos símbolos na vida e na cultura dos povos. De alguma forma eles são uma linguagem cifrada das aspirações e dos ideais humanos. Por isso mesmo existem desde tempos imemoráveis e continuarão existindo. São tão importantes para a vida e a cultura dos povos que hoje a semiótica (semeion = sinal) – ciência que estuda os significados da linguagem e dos símbolos é muitíssimo conceituada.
A medicina, como ciência antiga, traz em si muitos símbolos entranhados, cujo conhecimento é meritório para todos os profissionais da área da saúde, não obstante aqueles que desconheçam seu significado ou os reconheça inadequadamente.
1 MEDICINA ANTIGA
1.1 Medicina egípcia
Após milênios de um progresso ascendente gradual, que pode ser rastreada nos registros da idade da pedra, a civilização egípcia desenvolve-se às margens do Rio Nilo como uma civilização completa e altamente especializada. De especial interesse nesta região, tem-se o fato de que um dos nomes mais conhecidos deste período mais antigo é o de um médico-guia, filósofo e amigo do faraó, um homem em uma posição de grande confiança e importância conhecido como Imhoep. Saindo-se do Cairo, para subir o Nilo, vê-se à direita no deserto atrás de Memphis uma pirâmide com