signo de ludens

Resenha
Sob o signo de Ludens: interfaces entre brincadeira, jogo e os significados do esporte de competição.

O texto visou discutir sobre um “domingo feliz” onde uma família de varias faixas etárias pretendeu analisar as possíveis interfaces lúdicas entre as categorias de atividades: brincadeira, jogo e esporte. Nesse domingo foram realizadas várias atividades, com o intuito de aproveitarem o dia. As crianças começaram a fazer “esqui-bunda” e logo depois brincaram de passar por baixo de um adulto, mergulhando na água. Os adultos continuaram a jogar o torneio de xadrez, iniciado por eles na semana anterior. Outros foram ver o jogo de vôlei da equipe da escola. O restante do pessoal se reuniu e organizou um jogo de queimada. Sem saber eles, que todas essas atividades que praticaram, são consideradas esporte.
Ao realizarem uma brincadeira espontânea, desregrada, cujos objetivos eram se divertir por meio de habilidades físicas e pela vertigem propiciada pela brincadeira, às crianças brincavam sem se preocupar com as regras. Ao se reunirem para jogar queimada, realizaram uma atividade em grupo com o mínimo de organização e regras, a partir daí começaram a praticar um jogo. Muitas vezes, pôde ser confundida com brincadeira, mas quando apontadas organização e regras, mesmo que mínimas, já passaram a ser como jogo. Os demais jogos dominicais praticados (vôlei, xadrez, carteado) são bastante competitivos e têm elementos de regras bem claros e definidos. Como imposição de regras, modelos, buscas de rendimento, recordes, medalhas, juízes, capitães, etc, que, se por um lado, caracterizam o esporte, acabam descaracterizando o jogo, o qual apresenta componentes como a espontaneidade, a flexibilidade, o descompromisso, a criatividade, a fantasia, a expressividade, etc, com características culturais próprias. (BRUHNS 1996) Ao relacionarmos brincadeira, jogo e esporte temos, de um lado: brincadeira e jogo – categorias