Serviço Social Progressita

O Serviço Social Ético-Político/Progressista se da depois do grande movimento de Reconceituação, cuja proposta estava centrada na revisão dos pressupostos epistemológicos, científicos e políticos da profissão. Com o rompimento com valores humanistas, cristãos, conservadores e burocráticos, o Serviço Social passa a ter como substrato teórico-metodológico obras marxistas e marxianas.

Agora, a ação profissional depois da reconceituação é orientada por um projeto profissional de caráter ético-político que atribui como valor central o favorecimento dos interesses da classe trabalhadora, o fortalecimento da democracia e da justiça social (Brandão, 2007).

A análise da realidade social agora se dá a partir da discussão sobre o modo de produção capitalista e as relações sociais por ele engendradas. Discutem-se os fatores responsáveis pela distribuição desigual de recursos, a saber: a apropriação privada dos recursos coletivos produzidos, em outros termos, o conflito entre as forças produtivas (capital) e as relações sociais de produção que conduzem a uma compartimentação da sociedade em classes sociais (Iamamoto, 2000)

A Ação profissional do assistente social guiada pela orientação ético-política se empenha em analisar a política social, os atores sociais envolvidos, a correlação de forças, os recursos disponíveis de forma a situar a posição profissional no cenário histórico e político. Destacam-se os estudos e ações na área de seguridade social. As políticas que compõem a seguridade social constituem um conjunto de ações governamentais para garantir condições de proteção social aos indivíduos em situação de vulnerabilidade [...] A ação profissional configura-se assim um catalisador político-pedagógico na perspectiva do acesso, da garantia e da ampliação dos direitos (Brandão, 2007).

Postula-se na prática profissional no âmbito das organizações que os assistentes sociais atuem no sentido de remover os bloqueios e entraves que impeçam a participação da população usuária