Sena maranhense

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CENA MARANHENSE - O Maranhão é isto, por Ivandro Coêlho em 17/2/2009Observatório da ImprensaNestes dias em que o Maranhão tem ocupado o noticiário nacional – por conta da eleição de José Sarney para a presidência do senado e do grampo da PF –, lembrei-me de uma frase de Eliane Cantanhêde, colunista da Folha de S.Paulo, em texto publicado no início de janeiro: "O Maranhão é o Brasil. Ou melhor, o Brasil é o Maranhão". Estamos em fevereiro e volto a me perguntar: o que ela quis dizer com isso? Que o resto do Brasil também é assim: pobre, atrasado e corrupto? Sinto muito, mas discordo. Ah, não, caro leitor! Esse título ninguém vai nos roubar.A nossa pobreza é mais pobre. Mais autêntica. Trata-se de um estilo. Uma vocação. Você duvida? Então pegue o mapa da desigualdade e ponha-o de cabeça para baixo. Você vai ver. Lá estamos nós, os maranhenses, seguindo à risca a máxima bíblica: "Os últimos serão os primeiros". Somos os primeiros entre os últimos quando se fala de Enem, IDH, QI e outras siglas e índices. Isso não é fantástico? Como disse Marcelo Mirisola: "Basta um verniz pra ser feliz." É bom saber que a gente dá de goleada nos nossos hermanos brazucas em relação a uma série de coisas.Quer mais um exemplo? Vamos lá. Veja a nossa política. Depois de viver quarenta anos debaixo do chinelo e da chibata de uma "oligarquia furiosa" – como diz a imprensa governista –, o que a gente fez? Botou no poder outra oligarquia ainda mais furiosa e insaciável, a de Jackson Lago e seus pares. Pior: que ainda rouba sob a bandeira da libertação. Ou seja: de uma só tacada conseguimos nos libertar definitivamente da idéia de liberdade. E de inteligência.O outro é mistérioA nossa justiça também não decepciona. Somos os primeiros entre os últimos em matéria de decência. Antes que alguém me processe, vou logo esclarecendo: não digo isso de minha própria cabeça. Fui forçado a essa conclusão depois que a imprensa mostrou o caos eleitoral provocado pela venda de sentenças judiciais no estado;

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