Seminário de Araxá - Serviço Social

RESENHA DO LIVRO: GESTÃO PÚBLICA DE SERVIÇOS SOCIAIS.

Em um primeiro momento, o termo gestão (administrar, gerir, direcionar e realocar recursos) e social (realizar esses atos para e na sociedade) gerariam a primeira noção de que se cuida apenas de um ordenamento das instituições (dentre as quais o Estado ganha certa aura central em termos de implementação), e que, à vista dos recursos disponíveis, tentaria manter, melhorar, adequar, a realidade social existente para uma determinada coletividade.

No entanto, os conceitos formulados acerca da gestão social, como todos os outros subordinados ao tempero das mudanças históricas, sofrem influência determinante das ideologias de determinado momento.

Assim é que a melhor gestão, ou melhor, forma de agir do Estado era simplesmente relegar ao Mercado a atribuição de promover o desenvolvimento e garantir a segurança e efetividade das transações comerciais. Como sabido, as falhas do mercado decorrentes desse regime, aliadas à profunda crise social, surtiram a necessidade de estabelecimento de um novo regime: o new deal, que exigirá posturas proativas dos setores responsáveis pela gestão social.

A gestão social interventiva passa então (a) no capitalismo, a exigir do Estado investimentos de base e estruturais, bem como controle de mercado, com destaque para as agências executivas dos Estados Unidos da América, e (b) no socialismo, à apropriação dos bens que servem de meios de produção, redistribuindo parcela dos lucros em investimentos, principalmente na área da educação.

No entanto, com o aumento do poder aquisitivo da população norte-americana, a demanda por qualidade de vida cresce, tendo sido verdadeiro fruto do new deal. Nesse cenário, a constatação de que seria necessária uma nova agenda de atribuições estatais não demorou muito para chegar à demanda social