semana de arte moderna

A face mais perversa da globalização é a tendência para a concentração de riquezas nos países ricos e industrializados do hemisfério norte.
Há uma distribuição desproporcional de riquezas e graves problemas socioeconômicos. A globalização se caracteriza pelo empobrecimento da maioria da população, paralelamente ao enriquecimento de uma minoria, ou seja, o mundo desenvolvido ficou ainda mais rico e o subdesenvolvido, muito mais pobre.
Além disso, a globalização favoreceu uma dominação ainda maior sobre a produção mundial, sem nos esquecer o aumento das disparidades tecnológicas.
Isso se deve ao fato de os países pobres não terem conseguido acompanhar a intensa aceleração nos avanços tecnológicos. Esse atraso dificultou o desenvolvimento, gerando grande desigualdade no comércio; fato esse que reflete na economia e que por sua vez, visualiza na sociedade.
Em síntese, temos um processo de globalização que proporciona a integração do espaço mundial, mas, ao mesmo tempo, acirra as diferenças dos países dominantes, que figuram como agentes da globalização, e dos países dominados.
Conclui-se então que a globalização traz oculta a lógica da acumulação capitalista, baseada na crescente acumulação de riqueza nas mãos de poucos e no empobrecimento da maioria. Assim a globalização expressa à fase mais atual do processo de exploração e subordinação.
Globalização e desigualdade
“A globalização está a desenrolar-se de forma assimétrica. O impacto da globalização é sentido de forma diferente [nas diferentes partes do mundo], e algumas das suas consequências não são de todo benignas. Lado a lado com o acumular de problemas ecológicos, o aumento das desigualdades entre as várias sociedades é um dos maiores desafios que o mundo enfrenta nos primórdios do século XXI. (…)
A vasta maioria da riqueza mundial está concentrada nos países industrializados ou ‘desenvolvidos’, ao passo que os países do ´terceiro mundo´ sofrem de pobreza generalizada, sobrepopulação, sistemas