Schwarcz, lilia moritz. as barbas do imperador: d. pedro ii, um monarca nos trópicos. são paulo: companhia das letras, 1998.

749 palavras 3 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA – HISTÓRIA DO BRASIL IMPÉRIO
PROFª. MSª. ANA MARIA KOCH
ROBSON ALMEIDA FERRAZ

SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

“Qualquer história permite, por certo, várias narrativas e inúmeras leituras.” [14]

Schwarcz introduz o seu texto levando em conta o “mito de Aukê”, que segundo a mesma, ajudará “a entender a monarquia brasileira como uma experiência partilhada por diversas visões e sujeita a muitas recuperações.”
Irá discutir a partir desse mito, a relação do Imperador com todos os discursos em seu favor, ou contra si, ainda questionará, de modo muito preciso, alguns desentendimentos ou contraditórios rumos que tomaram a história nesse contexto, “afinal, como explicar a permanência, por quase sessenta anos, de uma monarquia rodeada de repúblicas por todos os lados?”. Ou ainda melhor, como “entender o enraizamento de uma realeza Bragança, mas também Bourbon e Habsburgo, em um ambiente tropical, cercado de indígenas, negros e mestiços?”.
A autora ainda relaciona as contradições estruturais que se mantinham enraizadas, culturalmente e tradicionalmente no Império, “longe das luxuosas cortes européias, a capital da monarquia brasileira, em 1838, possuía cerca de 37 mil escravos numa população total de 97 mil habitantes, e em 1849, em uma população de 206 mil pessoas, 79 mil cativos.” Considera ainda que “nesse ambiente, a corte e os paços representavam ilhas com pretensões europeias cercadas de mares tropicais”.
Sobre “as relações entre Brasil e África”, Schwarcz descreve “uma troca mais alargada do que se pode, à primeira vista, imaginar”. João José Reis, autor citado por Schwarcz, considera que “havia uma mentalidade monarquista, por assim dizer, circulando entre os negros, que parece ter sido recriação de concepções africanas de liderança, reforçadas em uma

Relacionados

  • Barbas do Imperio
    3267 palavras | 14 páginas
  • As formas rituais e simbólicas para o entendimento da cultura popular e da cultura das elites
    1651 palavras | 7 páginas
  • Resenha crítica - as barbas do imperador
    3209 palavras | 13 páginas
  • 5 Ano4 V04n02 Lilia Moritz Schwarcz
    13003 palavras | 53 páginas
  • fichamento do texto Nasce um império nos trópicos do livro As barbas do imperador
    434 palavras | 2 páginas
  • D PedroII
    1665 palavras | 7 páginas
  • Resenha O espetaculo das raças
    1605 palavras | 7 páginas
  • Resenha as barbas do imperador
    2685 palavras | 11 páginas
  • Metodologia Do Ensino De Hist RiaI An Lise Pintura
    802 palavras | 4 páginas
  • nenhum
    1646 palavras | 7 páginas