Saneamento básico de uma unidade de saúde

A área de abrangência da USF Bessa é relativamente pacífica. Os maiores riscos existentes nessa área são alguns casos de violência ainda existentes, uma microárea cujo lixo não é coletado diariamente, conforme nos relatou a Agente de Saúde Quézia, e o rio que atravessa algumas microáreas, que durante o período de chuvas geralmente invade as casas, acarretando casos de dengue e leptospirose, de acordo com as informações que os próprios moradores nos forneceram. Os Agentes Comunitários de Saúde Quézia, Milena, Thiago e Taciana nos informaram que haviam poucos casos de violência em suas respectivas microáreas. Quézia relatou o caso de um menino de 15 anos que havia sido assassinado na microárea há alguns dias e Thiago falou sobre a “divisão” da sua microárea em uma região habitada pela população de classe média e outra pela população de classe mais baixa, e a última apresentava mais casos de violência. Apenas na microárea de Quézia o lixo não é coletado diariamente. Conversamos também com a senhora Maria de Fátima, residente na microárea São Luiz cujo ACS é o senhor Eurico, e com a senhora Maria, residente na microárea da ACS Simônica, e ambas nos informaram que o lixo é coletado regularmente e que existem alguns casos de violência, especialmente assassinatos, mas não muito frequentes.
A área de abrangência da USF Bessa é dividida em oito microáreas. Cada microárea possui um perfil socioeconômico próprio e, portanto, as condições de moradia variam entre elas. De uma forma geral as microáreas possuem saneamento básico, o que inclui o abastecimento de água potável, a coleta e tratamento de esgoto, a limpeza urbana, o manejo de residuos sólidos e o controle de pragas e qualquer tipo de agente patogênico, visando a saúde das comunidades.
Entretanto, em algumas microáreas, como as dos agentes de saúde Thiago, Quézia e Eurico, que são as microáreas mais economicamente desprivilegiadas não há saneamento básico satisfatório, pois além de não ser presente em toda a