Rotatividade dos Enfermeiros
A
ROTATIVIDADE DOS ENFERMEIROS DE UM
HOSPITAL-ESCOLA
Maria Luiza Anselmi,' Emilia Luigia S. Angerami'
2
e Armando Mario Infante
INTRODUJÁO
Os trabalhadores, ao iniciarem suas relaçces de emprego no mercado de trabalho o fazem numa determinada instituiáao que integra esse mercado. A partir daí, estabelecem-se vínculos formais de trabalho entre o trabalhador e a organizaçáo. Tais vínculos pressupoem a existencia de interesses de ambas as partes e podem cessar em um momento dado, devido a inúmeros fatores; assim, sua durabilidade sofre diversas influencias. O fenómeno da rotatividade pode ser entendido como o processo de mudança na composiaáo da força de trabalho (1) e caracterizase pelos desligamentos de um certo número de empregados e admissáo de novos para preencher os claros deixados na organizaaáo, revelando a movimentaaáo da forja de trabalho entre o mercado de trabalho e a instituiaáo. A frequencia com que ocorre a substituiiáo náo planejada da forja de tabalho, a carreta sérias consequencias para as organizaçóes, pelo prejuízos, náo só de bases monetárias, referentes á própria diminuiaáo da produçáo, mas também no tempo que se dispenderá para recrutar, selecionar e treinar um novo elemento.
Os estudos sobre rotatividade no trabalho hospitalar, especificamente de enfermeiros, começam a surgir nos Estados Unidos da
América (EUA), ao final da década de 50 e durante as décadas subsequentes, mostrando que os hospitais ainda convivem com altas taxas de rotatividade de enfermeiros, em média 35 a 50% an ano (2-4).
Em ámbito nacional, poucos sáo os estudos acerca do assunto
(5-7), e apenas um deles preocupa-se em medir o fenómeno (8).
Sabe-se que no Brasil o trabalho de enfermagem tem espaço assegurado desde longa data nas instituió6es hospitalares. Ele se realiza
'Universidade de Sáo Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeiráo Preto Sáo Paulo. Endereço para correspondencia: Campus de Ribeiráo Preto,