RISCOS PROFISSIONAIS
Os fatores de risco ergonómico, muitas vezes interligados e confundidos com os fatores de risco físico, dos quais não se podem separar, são maioritariamente decorrentes da organização e da gestão das situações de trabalho. Assim, nesta categoria, podemos identificar como fatores de risco ergonómico aos quais os trabalhadores se encontram expostos:
posturas adotadas esforço físico manipulação das cargas movimentos repetitivos atividades monótonas
1. DESCRIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
1.1 POSTURAS ADOPTADAS E ESFORÇO FÍSICO
Quando nos referimos às posturas adotadas pelos trabalhadores no seu desempenho profissional, a representação imediata produz-se ao nível das funções e atividades físicas e manuais que obrigam à adoção de posturas como:
hiperflexão ou hiperextensão da coluna dorso-lombar sobrecargas musculares pressão sobre os nervos, plexos nervosos e cartilagem intra-articular dos joelhos entre outras de imediato classificadas como “penosas”
Efetivamente a realidade industrial, da qual é exemplo o sector automóvel, obriga, para desempenho das suas atividades, a adoção de posturas físicas que produzem efeitos negativos e graves problemas músculo-esqueléticos nos trabalhadores responsáveis pelas mesmas. São disso exemplo
as lesões do menisco as paralisias as tendinites lombalgias de esforço
Entre outras doenças ou manifestações clínicas reconhecidas como doenças profissionais, em resultado da posição ou atitude de trabalho que o trabalhador assume durante o desempenho do mesmo.
Porém, atualmente, assiste-se à substituição do trabalho manual pelo trabalho mental, automatizado e informatizado, nomeadamente nas atividades de escritório, o que se traduz numa cada vez maior percentagem de tempo despendido a “realizar tarefas repetitivas de caráter estático (esforço físico), podendo comparar-se o seu trabalho ao realizado na indústria, nas tradicionais linhas de produção” (Caetano, J. & Vala, J. 2002).
Trata-se de