Revolta de carrancas

490 palavras 2 páginas
A REVOLTA DE CARRANCAS

A Revolta de Carrancas deu-se em Minas Gerais, onde desde 1833 as autoridades e senhores estavam mais vigilantes em relação a rebeldia escrava. Eles estavam convencidos da necessidade de maior aparato policial e de leis que inibissem as repetidas e ousadas ações rebeldes. Uma dessas ações, ainda que pouco conhecida, foi a revolta de Carrancas, em 1833. Carrancas ficava a 286 km ao sul de Belo Horizonte e, entre 1833 e 1835, dos seus 4.053 habitantes, 61,5% eram escravos.

A rebelião teve início na fazenda Campo Alegre, propriedade de Gabriel Francisco Junqueira, importante político da região.
Era o dia 13 de maio de 1833 e, como de costume, o filho do dono da fazenda, Gabriel Francisco de Andrade Junqueira, foi supervisionar o trabalho dos escravos na roça, quando foi atacado e morto por três escravos, Ventura, Diogo e Julião. Logo em seguida, um grupo de oito rebeldes rumou para uma fazenda vizinha, a Bela Cruz, que pertencia à mesma família. Lá o grupo, acrescido de mais uns trinta escravos, matou todos os brancos. Em seguida, foi a vez da fazenda Bom Jardim, mas dessa vez os rebeldes foram surpreendidos pela resistência do proprietário que, tendo reunido todos os seus escravos na sala principal da casa-grande, revidou o ataque com sucesso.

A ousadia foi mesmo a marca dessa revolta. O objetivo dos rebeldes era matar todos os brancos da freguesia de Carrancas e tomar posse de suas propriedades. Os Junqueira deviam estar em pé de guerra com seus escravos, o que explicaria terem sido o principal alvo da fúria dos rebeldes, que mataram dez integrantes dessa família. Depois de controlados, os revoltosos receberam punição exemplar.

Entre os envolvidos, dezessete foram condenados à pena de morte por enforcamento. O escravo tropeiro Ventura Mina, que planejara os passos da revolta ao longo de aproximadamente um ano, foi morto no confronto.
Ventura havia sido eleito “rei dos escravos”, o que reafirma o seu papel de líder dos vinte

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