Revista Orpheu/ introdução manifesto anti dantas

Revista “Orpheu”
A projecto da revista “Orpheu”, surge quando Mário Sá Carneiro e Fernando Pessoa começam a trocar correspondência em 1912 quando o primeiro se encontrava em Paris, no meio desta correspondência foram trocadas várias ideias, e entre elas nasceu a revista “Orpheu”, podemos dizer que foi a partir da amizade se Sá Carneiro e Pessoa que nasce a revista “Orpheu”.
A revista “Orpheu” começa por ser encontros de café na baixa lisboeta, organizados por grupos de jovens, que com a influência modernista, pretendem originalizar, principalmente a nível cultural, mudar mentalidades e escandalizar a sociedade portuguesa, em geral era pretendido comunicar aos portugueses a nova dinâmica artística e literária europeia. Os principais representantes da revista eram: Mário Sá Carneiro, Fernando Pessoa e Almada Negreiros.
A origem do nome da revista “Orpheu”, era uma homenagem ao mitico grego do mesmo nome, este para salvar a sua mulher do Deus do Mundo dos mortos, teria de a trazer de volta sem nunca olhar para trás, esta história também é usada como uma analogia ao objectivo do grupo, que era um novo renascer da arte, sem esquecer o passado.
Em Abril de 1915 sai a primeira edição e apesar de ter esgotado em três semanas, causou controvérsia na imprensa, de onde saíram várias críticas negativas, uma delas foi pelo jornal “A capital” que fez uma crítica com o nome “Literatura de Manicómio”.
Sumario:
Luiz de Montalvor- Introducção
Mario de Sá-Carneiro - Para os "Indicios de Oiro" (poemas)
Ronald de Carvalho - Poemas
Fernando Pessoa - O Marinheiro (drama estático)
Alfredo Pedro Guisado - Treze Sonetos
José de Almada-Negreiros - Frizos (prosas)
Côrtes-Rodrigues - poemas
Alvaro de Campos - Opiário e Ode Triunfal

Em Julho de 1915 sai a segunda edição que foi recebida da mesma forma, levando a desistência de alguns participantes do projecto como António Ferro ou então temos o caso de Armando Cortes Rodrigues que começou a usar o pseudónimo de Violante