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O trabalho tem como objetivo tratar do sistema penitenciário brasileiro e seus custos, demonstrar os impactos de seu custo principalmente econômico e os gastos públicos e a aparente ineficácia deste em proteger os cidadãos, reduzir a criminalidade e oferecer condições de recuperação dos infratores.
O crime pode ser analisado sob a ótica de dois custos: o custo que é gerado quando o crime é realizado, o custo direto a vitima seja este pratimonial, judicial ou moral e o custo econômico de manter esse infrator dentro do sistema (presidio, aparato jurídico, saúde).
No estudo do custo de um preso aos cofres públicos é possível deparar-se com comparações de grande impacto, um preso federal gera um gasto superior a 40 mil por ano e um aluno de ensino superior em uma instituição federal custa em media 17 mil por ano. Tratando dos custos de um preso estadual, onde concentra-se a maior parte da população carcerária brasileira, o valor ultrapassa a casa dos 20 mil por ano enquanto um aluno do ensino médio na rede estadual de ensino gera um gasto de 2,3 mil aproximadamente. Vale ressaltar que nesses valores não estão adicionados os gastos com o sistema judiciário, o que elevaria consideravelmente o custo por preso.
Tratando da discrepância do custo de um preso federal para um preso estadual, isso ocorre porque uma penitenciaria federal tem algumas peculiaridades como sua maior segurança e celas completamente individuais, além de suas diferenças estruturais, há também uma distinção no treinamento dos funcionários que contribuem para o seu custo elevado.
Dados publicados em janeiro de 2012 pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) mostravam que a população carcerária brasileira já superava os 510 mil presos, esse numero classificava o Brasil em quarto no Ranking criado pelo Centro Internacional para Estudos sobre Prisões junto a Universidade de Essex sobre as maiores populações penitenciarias mundiais, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos e Rússia. Dessa