RESUMO

RESUMO DO TEXTO: O impacto da Depressão pós-parto para interação mãe-bebê.
O artigo aborda o impacto da Depressão Pós-Parto (DPP) para a interação entre mãe e bebê. O papel exercido pela DPP tem sido abordado por varias investigações, devido a evidências de que possa repercutir de forma negativa durante as primeiras interações com o bebê e consequentemente no seu desenvolvimento afetivo, social e cognitivo. Existem evidências e muitas mulheres permanecem com os sintomas por um longo período e outras que os desenvolvem tardiamente no primeiro ano após o parto. Assim, há a necessidade de investigações por um período mais avançado do desenvolvimento do bebê.
O Nascimento de um bebê propicia o surgimento de problemas emocionais nos pais. Os sintomas da DPP se iniciam geralmente entre a quarta e a oitava, mas podendo surgir também em algum outro momento do primeiro ano do bebê e atinge de 10% a 15% das mulheres, sendo alguns dos sintomas mais frequentes a irritabilidade, choro fácil, falta de energia, desinteresse sexual, transtornos alimentares e de sono, dentre outros.
As combinações de fatores biológicos, obstétricos, sociais e psicológicos podem significar risco para a DPP. Variáveis sócio demográficas não apresentam associação consistente com a sua ocorrência. O caráter conflituoso da experiência da maternidade é um fator de risco para o surgimento de distúrbios mentais, que podem ter origem em quando a mulher assume o papel materno, o que tornaria necessário um redimensionamento da sua própria identidade.
O temperamento do bebê também pode contribuir na precipitação da depressão materna. O funcionamento motor pobre e o alto nível de irritabilidade dos bebês entre o décimo e décimo quinto dia após o nascimento estiveram associados ao início da DPP na mãe dois meses após o parto. No entanto esse fator deve ser analisado com cautela, pois há a possibilidade de os bebês já sofrerem o impacto das alterações do estilo interativo das mães deprimidas.