Resumo - O Líquido Cefalorraquidiano (LCR)

O Líquido Cefalorraquidiano (LCR) é formado no plexo coroide dos ventrículos lombares e no terceiro e quarto ventrículo e caracteriza-se por ser um líquido estéril que apresenta uma aparência clara e após a sua formação é armazenado na medula espinhal e no espaço subaracnóideo no cérebro que é localizado entre as membranas aracnoide e pia-máter das meninges. A produção de líquor pode variar de acordo com a idade e em adultos a quantidade esta entre 90 e 150 ml, já em recém nascidos a produção varia entre 10 e 60 ml.
As principais funções do LCR são: fornecer nutrientes para o tecido nervoso, amortecer de traumas para o córtex cerebral e medula espinhal e diminuir os resíduos metabólicos do tecido nervoso. A composição química desse líquido não lembra um ultrafiltrado do plasma, pois ele é gerado por filtrações através dos capilares coróides. A reabsorção do líquor ocorre nos vilos aracnoides, encontrados em maior número no seio sagital superior.
A análise do LCR é indicada principalmente em casos de suspeita de processos infecciosos do sistema nervoso e seus envoltórios, processos desmielinizantes, processos infecciosos com foco não identificado, hemorragia sub-aracnóidea, leucemias e linfomas. Para que esse líquido seja analisado é necessário a coleta que é uma etapa importante do processo, pois a coleta de forma errada pode lesionar o local e provocar sangramentos que dificultam analise do líquor.
O LCR deve ser coletado através de uma punção entre a 3º e 4º ou 4º e 5º vertebra e procedimento da coleta pode ser realizado sem o paciente estar em jejum e o mesmo não pode estar fazendo uso de medicamentos anticoagulante ou de drogas que interfiram na coagulação sanguínea, pois caso ocorra sangramentos durante a coleta o efeito do medicamento pode agravar o caso.
A coleta é feita em três tubos que são preenchidos na seguinte ordem: tubo 1- bioquímica e sorologia, tubo 2- microbiologia, tubo 3- citologia e o volume ideal para a coleta é de 20 ml. O armazenamento e