Resumo de historia

História Do Brasil Na engrenagem do sistema mercantilista de colonização do Brasil, fez-se a opção pela mão de obra africana. O tráfico negreiro abria novo e importante setor do comércio para os mercadores metropolitanos. No sermão do Padre Vieira pode-se inferir que: as denúncias da igreja limitavam ao repúdio, às torturas e aos maus-tratos, não havendo questionamento da escravidão enquanto instituição. As desigualdades terrenas são reconhecidas no discurso do jesuíta, que elege como espaço de julgamento o fórum divino. A dominação colonialista se fazia pelo poder econômico, jurídico, político e ideológico sobre a classe trabalhadora escravizada. O negro ingressou na sociedade brasileira como cultura dominada, e as marcas da escravidão persistem no Brasil até hoje. Padre Vieira mostra em seus sermões as inquietações e hesitações de autoridades régias, eclesiásticas e de colonos à frente à mais emblemática rebelião de quilombos coloniais, o Quilombo de Palmares. Vieira e outros jesuítas justificaram e defenderam a escravidão dos negros, combinando a ideia de missão com a de ordem escravista. Apesar do predomínio da agromanufatura açucareira na economia colonial brasileira, a pecuária e a extração das “drogas do sertão” foram fundamentais. A esse respeito podemos afirmar que ambas foram responsáveis pelo processo de interiorização do Brasil colonial. A política colonizadora portuguesa, voltada para obtenção de lucros do monopólio na esfera mercantil, tinha como principal área de produção o “exclusivo colonial”, que subordinava os interesses da produção agrícola aos objetivos mercantis da Coroa e dos grandes comerciantes metropolitanos. Caio Prado Jr. propõe uma interpretação econômica da colonização do Brasil, acentuando seu sentido mercantil. A chamada “sociedade patriarcal”, característica do Brasil colonial, assentava-se em dois elementos essenciais, que eram senhores e escravos. O engenho tinha no escravo negro a base de toda a produção;