Resumo Artigo Cerebelo e Cognição

O cerebelo é a parte do encéfalo que constitui a maior parte do cérebro posterior, localizado posteriormente ao quarto ventrículo, à protuberância e ao bulbo. Ele está ligado ao tronco encefálico que leva sinapses através da medula espinal para a região periférica do corpo. É dividido em três porções segundo as suas diferentes origens no tempo: Arqueocerebelo, Paleocerebelo e Neorecebelo. Ele age diretamente na manutenção do equilíbrio e na coordenação motora, o que possibilita o ser humano a andar, correr, pular, entre outros. Estudos recentes mostram que ele também faz conexões com outras regiões do cérebro e que essa parte do encéfalo se ativa quando é realizada uma atividade cognitiva, não estando necessariamente ligada a ações motoras. Foi comprovado que há alterações no cerebelo através do estudo de imagens e da neuropatologia, quando existe uma doença cognitiva, como, por exemplo, o Autismo e a Perturbação de Hiperatividade.
O autismo é uma doença neuropsiquiátrica que inicia-se na infância, geralmente diagnosticada antes dos três anos, o diagnóstico se dá através de um amplo protocolo de avaliações multidisciplinares (neurologista, pediatra, psicólogo, fonoaudióloga dentre outros). O transtorno autista é caracterizado por uma deficiência ou uma ausência total do desenvolvimento da comunicação verbal, dificuldade em expressar necessidades e em se relacionar com outras pessoas, apresentam comportamento padrões e interesses restritos, decorrente do fato de que a maioria apresenta um baixo QI devido a sua dificuldade de aprendizagem.
Pesquisas atuais apontam que há algumas regiões cerebrais potencialmente envolvidas na origem e desenvolvimento do autismo, tais como: o sistema límbico, amígdala, áreas pré-frontais e cerebelo. Foram demonstrados através de métodos de neuroimagem alterações estruturais do cerebelo em doentes com autismo, especificamente dos lóbulos VI a VII. Através de estudos foi evidenciado, em autistas, que há mudança dos padrões de ativação