Resenha: O poder do mercado x Que aconteceu com o Mercado?

Mercado, segundo o dicionário: “1. Lugar onde se comerciam gêneros alimentícios e outras mercadorias. 2. Econ. Qualquer situação em que compradores e vendedores em potencial entram em contato. 3. Econ. O conjunto dos mercados.” (Mini Aurélio, 7ª edição.). Na economia, temos duas vertentes associadas ao Mercado, a economia de livre mercado (liberalismo econômico ou neoliberalismo) e a economia intervencionista (mercantilismo ou keynesianismo). O liberalismo econômico, mais recentemente definido como neoliberalismo, defende a absoluta liberdade de mercado, a liberdade econômica e a liberdade individual, em que restringe ao Estado a mínima intervenção na economia, só devendo ocorrer em setores imprescindíveis. O liberalismo baseou-se na idéia defendida por Adam Smith, de que o próprio capitalismo continha mecanismos racionais e eficientes para regular as condições socioeconômicas de uma sociedade. Dessa forma, o papel do Estado deveria se limitar a duas coisas: cumprir os contratos e garantir a propriedade privada. Já o mercantilismo, ou keynesianismo – como também é chamado, por conta do economista inglês John M. Keynes (1883-1946) – é justamente o oposto do anterior, pois defende a plena intervenção do Estado em setores das atividades econômicas, também definido como Estado de bem-estar social – “é um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado como agente da promoção (protetor e defensor) social e organizador da economia.” (Wikipédia). Em 1926, John Keyes postulou uma teoria que rompia totalmente com o liberalismo e oferecia uma saída para a crise, afirmando que o Estado deveria sim interferir na sociedade, na economia e nas áreas que achasse necessário. O modelo de economia intervencionista (Welfare State) foi adotado por muitos países após o fim da Segunda Guerra Mundial, já que a interferência estatal parecia essencial para a recuperação do mundo no pós-guerra. E é justamente sobre essas duas vertentes que tratam Milton e Rose Friedman no