RESENHA O BRINQUEDO E A ALEGRIA

SANTIN, Silvino. Educação Física: da alegria do lúdico à opressão do rendimento. Porto Alegre: EST/UFRGS, 1995.

O texto “O brinquedo e a alegria: Em busca da recuperação do humano da ludicidade” faz parte da obra Educação Física: da alegria do lúdico à opressão do rendimento, cuja autoria é de Silvino Santin, pesquisador nas áreas de ciências sociais e humanas, com linha de pesquisa voltada para as áreas de filosofia e antropologia da educação física, aspectos filosóficos e antropológicos da imigração italiana, atual professor titular da universidade federal de Santa Maria.
Dividido em sete sessões cujos temas são o humano e o lúdico; os segredos da ludicidade; o animal e o homem; vida infantil e povos primitivos; o adulto, a criança e o brinquedo; o mundo do trabalho e o mundo do brinquedo e horizontes de ludicidade, o texto apresenta, a priori, um breve histórico sobre o processo de humanização, apontando como a primeira grande dificuldade o saber da existência de um ideal universal de humanidade.
Acredita-se que o primeiro projeto a traçar o perfil ideal de humanidade tenha sido obra da cultura grega. Esta sustentava que os homens eram portadores de uma única essência, logo, todos eram semelhantes entre si, fato que os destinava a um ideal comum de humanização. Mais tarde, este projeto de humanização recebe um novo elemento proveniente do pensamento judaico-cristão; a ideia de um povo eleito o qual seria a encarnação histórica da utopia do verdadeiro homem, que representaria a plenitude da realização humana, plenitude essa que estava na divindade e não no homem. Logo, o processo de humanização voltava-se ao teocentrismo.
Em contrapartida, surge a universalidade antropocêntrica, baseada no iluminismo do século XVIII, a qual tinha a razão como guia da humanidade e a cientificidade positivista como ideais. Nesta concepção o homem vive a plenitude da vida. O cientificismo e a tecnologia tornam-se sinônimo de civilização.
Na visão contemporânea de