Resenha: A Sangue Frio

O livro A Sangue Frio conta uma história começada no dia 15 de novembro de 1959, quando uma das mais respeitada famílias da cidade de Holcomb, oeste do Kansas, foram assassinados. Herb Clutter, pai da família, tinha 48 anos e era um fazendeiro muito estimado na comunidade. Bonnie Clutter, sua esposa, sofria de "problemas psicológicos". O casal vivia com os dois filhos mais novos, Kenyon e Nancy, ainda adolescentes. Os quatro foram amarrados e amordaçados e depois, foram mortos a tiros de espingarda. O crime abalou a pacata cidade de apenas 270 habitantes. A polícia passou a procurar incansavelmente os criminosos, que haviam levado da casa apenas um rádio, um par de binóculos e 40 dólares. Poucos meses depois do crime, Richard Hickock e Perry Smith são presos e condenados à morte, sendo enforcados em 14 de Abril de 1965.
Uma coisa que me chama muito a atenção neste livro, mais precisamente no autor, é o “Sangue Frio” de Capote em contar essa história, tão violenta e cruel, de uma forma detalhista e suave. Além disso, é uma história que prende a sua atenção, pois o leitor fica na expectativa do que virá a seguir, principalmente pelo jeito que Capote narra o enredo, juntando histórias da família assassinada alguns dias antes do acontecimento, ou relembrando momentos do passado. Falando ainda sobre narração dos fatos, é importante destacar que Capote relata o mais completa possível a história dos personagens, descrevendo o perfil da família e até um perfil psicológico dos assassinos.
Sobre a história em si, acredito que Capote tenha tido uma grande determinação ao escrever livro, visto que demorou seis anos para fazê-lo, por se tratar de uma família importante, e por ter de questionar moradores da cidade e os assassinos e na prisão. O final acaba deixando um sorriso no rosto do leitor (pelo menos no meu) ao saber que os dois psicopatas (por que chamar apenas de assassinos pessoas que sorriem após tirar a vida alguém é muito pouco) recebem sentença de morte.
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