Resenha A Fundação

O livro de Isaac Asimov, que retrata uma futura colonização do universo por humanos começa com a história de Gaal Dornick , um provinciano que viaja a Trantor, a capital do Império, e conhece Hari Seldon, que está sendo julgado por “prever” um futuro sombrio no qual o Império Galáctico viverá uma “Era das Trevas” durante 10 mil anos, e a única forma de reverter isso é armazenar todo o conhecimento já adquirido em uma Enciclopédia Galáctica, era a Fundação Enciclopédica. Hari é condenado e é exilado no pequeno planeta Terminus, na expectativa, no governo de que Hari esfriasse suas idéias, mas já estava tudo planejado por Hari...
A obra faz referência a doutrinas expansionistas e políticas, a expansão “divina” da Fundação, por exemplo, remete ao Destino Manifesto. Já a concepção de uma raça superior de humanos em governar a galáxia é semelhante aos ideais do Nazismo. Asimov traça um paralelo entre as grandes navegações humanas, quando marinheiros se entregavam ao mar (e enfrentavam monstros e a fúria dos deuses) e a futura exploração do universo, em que os humanos colonizam planetas e constituem civilizações em lugares antes temidos e que agora são mapeados e conhecidos.
Asimov de certa forma previu a existência da Wikipédia, a enciclopédia virtual, que de certa forma, é o lugar onde o conhecimento é armazenado e disponível para acesso de todos, o que tecnicamente salvaria o Império. Asimov não se mostrou visionário apenas em relação à existência de uma Biblioteca Global, em 1964, aceitou uma proposta do jornal The New York Times e fez uma série de previsões acerca do mundo do futuro, projetando-o como seria dali a 50 anos, isto é, em 2014. Embora não utilizasse, à época, os termos de hoje, por seus escritos podemos notar que previu a existência dos micro-ondas em nossas cozinhas, da fibra ótica, da internet, dos microchips, das TVs de tela plana e até de pessoas acometidas de depressão. Também errou, como ao prever carros voadores e usinas nucleares de fusão