Resenha de: chauí, marilena. brasil. mito fundador e sociedade autoritária. são paulo: fundação pereseu abramo, 2000.

545 palavras 3 páginas
Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP
Curso: Serviço Social
Disciplina: História do Brasil IV
Docente: Piero Detoni
Aluno (a): Lara Marceli Quintino
Data: 04/04/2012
Resenha de: CHAUÍ, Marilena. Brasil. Mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Fundação Pereseu Abramo, 2000.

O objetivo principal da autora Marilena Chauí no livro Brasil: O mito fundador e sociedade autoritária é discutir o ‘mito fundador’ do Brasil, uma representação simbólico-ideológica que consegue fazer com que haja de parte de brasileiros um sentimento de pertença, de enaltação das riquezas naturais, de identificação pela língua nesta mistura multicor, embora as condições sociais nem sempre indiquem tal pertença, inclusão e participação cidadã.
No primeiro capítulo, Com fé e orgulho (p.5-10), a autora descreve diversas expressões presentes no imaginário popular brasileiro a respeito do país Brasil, suas qualidades, riquezas e potencialidades. Trata-se de uma crença generalizada que tem uma grande força de persuação no sentido de resolver “imaginariamente uma tensão social” e produzir uma “contradição que passa despercebida”.
A autora usa o termo mito fundador como conceito teórico para trabalhar essas questões. Sua definição para mito é: “solução imaginária para tensões, conflitos e contradições que não encontram caminhos para serem resolvidos no nível da realidade” (p.9). Mitos não é somente solução imaginária, mas narrativas que querem instaurar valores de comportamentos. Na fusão dos sentidos, a autora chega a um consenso que mito nada mais é que “aquele que não cessa de encontrar novos meios para exprimir-se, novas linguagens, novos valores e idéias, de tal modo que, quanto mais parece ser outra coisa, tanto mais é a repetição de si mesmo” (p.9).
No segundo capítulo, a autora argumenta a questão da Nação como semióforo. Semióforo é uma palavra grega, onde semeion “sinal” e phoros “trazer para frente”, “expor” e “pegar”. O significado do conceito é expresso pela autora

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