Resenha A construçao o social da realidade

Segundo os autores de ‘’A construção social da realidade’’, uma ação repetida várias vezes se torna um hábito, passam a acontecer naturalmente, e à medida que se repetem ganham veracidade. A sociedade, inconscientemente, cria atalhos na hora de julgar algo ou alguém, levando em consideração algo comum entre as culturas ou tipos e não fazem uma análise individual daquilo que está sendo julgado. Um exemplo claro disso é o fato de as pessoas acharem sempre que o produto mais caro é o de melhor qualidade, quando na verdade não é bem assim. Na hora de comprar algo, não fazem uma análise baseada em fundamentos, mas julgam pelo preço. Se estiver caro é porque é de boa qualidade. Esse pensamento se cristalizou na mente das pessoas de tal forma que acabou se tornando um sistema mecânico, verdadeiro e funcional na hora de tomar a decisão. Porém o hábito funciona como fixador das tipificações e não cabe a ele dar origem á elas. De acordo com Berger e luckmann, as instituições (tipificações) foram criadas e aperfeiçoadas ao longo da história. No momento da chegada dos portugueses ao Brasil houve um choque de culturas e consequentemente surgiram tipificações. O português se espantou ao ver o índio nu e aparentemente desocupado, julgou-os como indecentes e preguiçosos, quando na verdade essas diferenças fazem parte da cultura indígena. Essas rotulações impostas pelos portugueses aos índios não persistiram até hoje, mas, devido às publicações e o famoso boca-a-boca, do século XVI ao XVIII os índios foram discriminados por isso. A institucionalização são ações do cotidiano, hábitos, que pré-determina padrões de conduta, ou seja, ações baseadas em um ‘’molde’’. Isso livra o individuo de ter que tomar certas decisões (como no exemplo do primeiro paragrafo, onde o sistema mecânico da pessoa toma a decisão no lugar dele). As tipificações são passadas de pais para filhos. Os filhos absorvem as instituições dos pais e, quando podem, aperfeiçoam-na. As instituições possuem