resenha transposição didática

1. INTRODUÇÃO O Grupo de Pesquisa em Fenômenos Didáticos e em Álgebra Escolar instituiu-se há cerca de três anos, no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPE. Liderado pelo professor Marcelo Câmara, tal grupo começou a se organizar como forma de reunir os orientandos de Mestrado e de Doutorado desse professor para que discutissem seus trabalhos e as questões teóricas que eram comuns a eles. Aos poucos, passou a agregar outros pesquisadores interessados pelas suas discussões, mesmo aqueles que não eram orientandos do professor Marcelo Câmara. Quando o grupo se fortaleceu como tal e passou a propor toda uma sistemática de leitura e discussão de textos, articulando-os com as pesquisas desenvolvidas, ficou decido que seriam formalizados no CNPq dois grupos de pesquisa inter-relacionados: o de Fenômenos Didáticos na sala de aula de Matemática e o de Álgebra Escolar. Nesse sentido, esse trabalho traz as mais recentes pesquisas de Mestrado e de Doutorado que os participantes do grupo desenvolveram, orientadas pelo professor Marcelo Câmara. As pesquisas serão aqui apresentadas em dois blocos: um que discute fundamentalmente os Fenômenos Didáticos, tendo a Álgebra como o saber em jogo, na sala de aula de Matemática; e o segundo bloco, que se debruça prioritariamente sobre a álgebra escolar, mas que considera como os fenômenos permeiam a construção de significados nesse campo. 2. PESQUISAS RELACIONADAS AOS FENÔMENOS DIDÁTICOS A perspectiva de fenômenos didáticos que queremos discutir nesse estudo é aquela relacionada à Didática da Matemática, desenvolvida na França, a partir da década de 60, e que tem como dois grandes pesquisadores Guy Brousseau e Yves Chevallard. Os fenômenos didáticos são aqueles que se instituem na relação didática, que se configura como uma relação triangular, onde um professor (pólo pedagógico) propõe e negocia situações didáticas (Brousseau,1986) para que os alunos (pólo psicológico) se apropriem de um saber (pólo epistemológico) definido nos