Resenha sobre o documentário Justiça2

Universidade Estácio de Sá
Aluna: Aline Carolina de Souza Maciel
Matr: 2008.0206893-9

Resenha sobre o documentário Justiça, de Maria Augusta Ramos
O documentário Justiça acontece quase que integralmente em um Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em que com uma câmera estática expõe o cotidiano de todos os envolvidos (Réus, defensoria pública, promotoria, polícia e juízes). Vale ressaltar que todos os diálogos são reais, sem seguir um roteiro onde todas essas questões fazem com que nos percebamos presentes naquelas audiências.
O documentário de Maria Augusta acompanha três casos diferentes e assim consegue mostrar como é a ineficiência no Tribunal de Justiça.
Na primeira cena do documentário é abordado o caso/audiência em que um paraplégico é acusado de um delito. Porem para este delito não existe provas nem testemunhas além dos policiais que efetuaram sua prisão e que, além disso, o réu teria pulado um muro para fugir dos policiais.
O documentário mostra também como é impossível que um juiz consiga ser eficiente julgando cerca de dez audiências por dia, além da frieza com que julga os processos. Essa frieza é possível observar na cena em que o réu, deficiente físico sem uma perna, solicita sua transferência para um hospital, pois em sua cela não existe a possibilidade de ficar com sua cadeira de rodas por conta da superlotação e o mesmo precisa se arrasta pelas fezes e urina dos outros detentos, e que o magistrado diz que nada pode fazer por ele.
Com uma polícia corrupta, provas implantadas, ausência de testemunhas por conta do medo da polícia e do tráfico, ausência de penas alternativas, a promotoria pública junto a uma defensoria sobre carregada, completam o quadro de injustiça. Em uma cena o réu Carlos Eduardo jura para a magistrada que a acusação feita a ele é inverídica, mas confessa para sua defensora que realmente é culpado. Sua defensora briga pela absolvição do acusado, mesmo sabendo de sua culpa, assim colocando em risco a população e sua própria