Resenha: Sermão do Mandato de Padre Antonio Vieira

1399 palavras 6 páginas
RESENHA

No “Sermão do Mandato”, Padre Antonio Vieira compara o amor de Cristo e o amor dos homens. Inicia o sermão preparando os fiéis a ouvirem-no, assimila o amor do Senhor a uma enfermidade, e mostra a nós os remédios que lhe é oferecido para acabar com sua doença, o amor,“(...) tratarei de quatro coisas, e uma só. Os remédios do amor e o amor sem remédio”.
Segundo Vieira os remédios mais poderosos encontrados até aquele momento era o tempo, a ausência, a ingratidão e sobretudo o melhorar do objeto, sendo que todos estes são contrários ao amor divino, puro e verdadeiro. Mesmo assim, nenhum deles venceu o amor do mestre, nenhum deles foi capaz de atingi-lo, desbancá-lo ou tirar sua majestade. Todos serviram apenas para mostrar-nos seu poder, sua soberania e seu amor incondicional por nós, pelo seu povo. De acordo Padre Antonio, o tempo em sua maioria, faz com que nós, humanos, deixemos de amar, desgostamos, esquecemos, o tempo é definido por ele como “as linhas que partem do centro para a circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas”. Retrata o amor do homem como sendo, fraco, inconstante. “O amor, a quem remediou e pôde curar o tempo, bem poderá ser que fosse doença, mas não é amor”. Amor perfeito, verdadeiro, é aquele que é imortal diante de metamorfoses, suporta o tempo como se nada fosse, onde “nem os anos o diminuem, nem os séculos o enfraquecem, nem as eternidades o cansam”, este é amor divino, o amor do pai, do filho, Jesus Cristo. Vieira critica o amor dos homens, dizendo que se acabou é porque realmente nunca foi amor, pois se fosse amor não acabaria, pois amor, amor verdadeiro nunca termina, “(...)é como a eternidade, que se, por impossível, tivera fim, não teria sido eternidade (...)”. Padre Antonio identifica o amor divino como sendo isento à jurisdição temporal, “Desde o princípio da vida passaram trinta e quatro anos; desde o principio do mundo passaram mais de quatro mil, e em tantos anos e tantos séculos de amor, nenhum

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