resenha pierre deyon

1022 palavras 5 páginas
Resenha

DEYON, Pierre. O Mercantilismo. Editora Perspectiva, São Paulo, 1969, 2ª edição.

O autor Pierre Deyon faz uma análise do que consiste o mercantilismo. Já na introdução, ele se propõe a questionar e problematizar visões comumente aceitas. Afirma, então, que examinar o mercantilismo envolve procurar primeiramente um mito, pois ele foi definido e batizado depois de sua existência, por seus adversários. Opõe-se à crítica ferrenha dessa corrente e afirma que, embora o mercantilismo tenha de fato ocorrido, não se tratava de um sistema ou uma doutrina organizada. Ninguém se definia como mercantilista e não havia uma definição ou um consenso acerca de suas ideias fundamentais. Propõe-se, enfim, a considerá-lo como “o conjunto das teorias e das práticas de intervenção econômica que se desenvolveram na Europa moderna desde a metade do século XV” (pgs. 11-12).
Essa é a definição que escolhe para sua obra, e, para melhor examiná-la, divide o, livro em duas partes. A primeira parte, “Os Fatos”, foca nas teorias, políticas e práticas do mercantilismo. A segunda, “Estados da questão e elementos do processo”, foca nas suas intepretações, problemas e consequências. Por fim, há uma conjunto de documentos e testemunhos, relacionados às questões abordadas em cada capítulo.
Após a introdução, Deyon se aprofunda um pouco mais em sua tese para tentar identificar temas comuns dentro da evolução do mercantilismo. Ele determina o princípio da reflexão acerca da economia em torno do século XVI, devido aos fenômenos monetários e sociais característicos desse período. O crescimento de novas metrópoles causa, para certas populações, uma modificação de suas condições de vida. Essas mudanças vão incentivar o crescimento intelectual, criando o início da Economia Política.
Afirma então que o mercantilismo tem sempre uma dupla vontade de poder, buscando grandeza e riqueza. O objetivo da prosperidade do reino é o que leva à comunidade de interesses do Estado com os principais

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